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sábado, 14 de junho de 2014

Protesto e grosseria

Os atos e palavras de ordem usadas por um grupo de torcedores no jogo de estreia da seleção brasileira em São Paulo contra a presidente da República é uma das coisas mais abjetas do cenário político brasileiro dos últimos tempos e, por isso mesmo, ensejam duas perguntas e uma breve consideração. É válido fazer oposição política a um governante usando de expressões chulas e grosseiras! Ser opositor político justifica a falta de educação, de civilidade e de... respeito ao outro! Não acredito nesse modelo de oposição. Felizmente ele será repudiado pelas pessoas educadas e de bem desse país, pois o que ele ensina às novas gerações é que a podridão, a baixaria e a ausência de ética são ingredientes necessários às mudanças políticas. E isso não ajuda a educar ninguém efetivamente comprometido e preocupado com o futuro de nosso país.




Por: Dr. Valdélio Silva - Antropólogo e Diretor do Departamento de Educação da UNEB - Texto copiado do Facebook

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Futebol como uma metáfora da paixão brasileira?



Como definir esse sentimento brasileiro que veste a fantasia do verde e amarelo da bandeira nacional, pinta o rosto, o corpo, grita e chora de emoção ao cantar o hino nacional brasileiro? Que sentimento é esse que mistura as contradições de cores e etnias, religião e política, pobreza e riqueza no estádio de futebol ou na tela da televisão como se os jogadores da seleção fossem semideuses, que trazem a solução para todos os problemas de um país, pelo simples ato de colocar uma bola dentro de uma rede, fazendo explodir o grito guardado pelo silêncio da vida, como se esse momento se transformasse na única razão de sua existência.

O “Dia dos Namorados” do Brasil esse ano, passou por uma espécie de ritual de contradição e isso ficou demonstrado pela dicotomia entre os sentimentos, individual e coletivo que estavam presentes nos corações de alguns brasileiros. Houve muitos pedidos de namoro e até casamento que foram realizados antes de iniciar o jogo da seleção, como se a promessa de ficar juntos “na alegria e na tristeza” pudesse de alguma forma garantir a vitória no jogo coletivo. Parece que as pessoas para suportar o jogo individual, precisam estar juntas para garantir um testemunho de sua existência, dos seus sentimentos ou para poder suportar as suas dores e alegrias nesse mundo carente de relações pessoais de solidariedade e de amor.

DAMATTA (1982) diz que existimos literalmente em campos de futebol, que nossas áreas são demarcadas por linhas, onde temos espaços sagrados e profanos, pessoas que nos são adversas e gente nossa, irmãos que desejam o nosso sucesso e estão conosco porque vestem nossa mesma camisa e companheiros que jogam contra nós. É evidente que essa comparação metafórica, condiz com a realidade para entender o que futebol representa realmente para os brasileiros e as brasileiras.

 

Particularmente, não me interesso pelo futebol apesar de perceber como ele afeta diretamente muitas pessoas. Normalmente quando falta assunto nas conversas, o tema que se apresenta para romper a barreira do silêncio, é o jogo dos times de futebol e então logo ouvimos “especialistas”  analisar o que cada jogador faz ou deixa de fazer para que um time sempre esteja ganhando. Aqueles que não são amantes do futebol sentem-se deslocados, como se falasse outro idioma, como é o meu caso, por não ter argumentos para essa dialética do futebol.

DAMATA (1982) explica porque o espectador do jogo no Brasil é chamado de torcedor, ou seja, alguém que torce. A expressão, derivada do verbo torcer, indica a ideia de revirar-se, retorcer-se, volver-se sobre si mesmo, como quem estivesse sendo submetido a um torneio físico ou tortura. Então, chamar os espectadores de um jogo de futebol de torcedores é algo que só pode ser completamente entendido quando se levam em conta todas essas importantes conotações sociais do esporte e do futebol no Brasil.

 

Assim, é possível compreender como os sentimentos individuais e coletivos se misturam quando o assunto é futebol, principalmente, quando se trata de uma copa do mundo realizada no Brasil, num momento em que a política faz o jogo do oportunismo partidário para ganhar as próximas eleições em outubro. Na política ou no futebol os resultados são imprevisíveis. Ambas as esferas são domínios que no Brasil e não se pode prever com segurança qual a melhor opção, considerando que tanto o futebol quanto a política não tem uma relação direta entre os meios e os fins para se chegar a um resultado que possa reduzir as desigualdades sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade brasileira.

 

Dessa forma, o futebol no Brasil além de ser um esporte, traz no seu contexto uma complexificação dos sentimentos individuais e coletivos, misturando-os. Segundo DAMATTA (1982) também é uma máquina de socialização de pessoas, um sistema altamente complexo de comunicação de valores essenciais e um domínio onde se têm a garantia da continuidade e da permanência cultural e ideológica enquanto grupo inclusivo. Pois, se as formas de governo e a Constituição mudam constantemente, se as universidades, o padrão monetário e os partidos políticos fazem os brasileiros terem muitas dúvidas sobre sua sociedade enquanto nação moderna, aspirante a um lugar ao sol dentro de uma ordem mundial, futebol, carnaval e as relações pessoais dizem que a sociedade brasileira é grande, criativa e generosa.

 

Finalmente, tanto no futebol como na "vida real", os homens e as mulheres estão relacionados em times e (famílias), e isso vale para o modo de ser da política brasileira, que em objetivo final, só pretendem vencer e atuam com certo “estilo” para que isso se concretize. Contudo, não podem controlar as ações da equipe adversária, nem sua habilidade, ou as coincidências, os erros e os acertos que decorrem do próprio jogo seja ele num estádio, nas manifestações sociais nas ruas ou no parlamento. Mesmo quando uma equipe apela para meios “mágicos” de vitória - o que é muito comum no futebol brasileiro e na política, em todos os escalões, a vitória pode ser situada no plano do favorável ou da imprevisibilidade, mas nunca da certeza. E sem dúvida, é essa complexidade que permite tomar o jogo de futebol como uma metáfora da própria vida.

 

Fátima Barreto – Graduanda do curso de Ciências Sociais da UNEB – 13/06/2014

terça-feira, 10 de junho de 2014

O que é tornar-se um cientista social?


Se buscarmos a resposta para essa pergunta no “oráculo Google” vamos encontrar uma quantidade imensa de definições e opiniões do chamado “senso comum”. Mas, se buscamos internalizar o “fazer” de um cientista social, vamos perceber logo, que é algo complexo para definições simples e eu acredito que tudo que o cientista social pensa e faz na sua prática, é não ser simplista ou um especialista em generalidades, ou ainda uma espécie de profeta - dono da verdade.

Enquanto estudantes, aprendemos sobre os fenômenos, as estruturas e as relações que caracterizam as organizações sociais e culturais. Aprendemos analisar os movimentos e os conflitos populacionais, a construção de identidades e a formação das opiniões. Pesquisamos costumes e hábitos e investigamos as relações entre indivíduos, famílias, grupos e instituições, além de muitos outros temas importantes na sociedade.

Entretanto, como estudante de ciências sociais observo que quanto mais estudo, mais compreendo a importância de conhecer os vários pensamentos que foram desenvolvidos e que formaram à Filosofia,  Antropologia, Sociologia, Ciência Política e tantas disciplinas que venho estudando ao longo da minha experiência acadêmica.

Percebo então, o tamanho da minha responsabilidade como formadora de opinião, ainda em formação, por isso, entendo que nessa condição não devo sair criticando à opinião das pessoas que tem um caminho muito a frente que o meu no que se refere ao conhecimento acadêmico, como também da própria experiência adquirida ao longo da vida. Isso não quer dizer que não deva me expressar como desejo sobre qualquer assunto, a questão aqui é, reconhecer as minhas limitações e até onde posso chegar sem ainda deter um conhecimento seguro, sem que este, não esteja contaminado pelas minhas emoções e sentimentos “desregrados”. 

A partir dessas considerações, quero convidar os meus colegas a discussão de temas que estejam mais relacionados com o que estamos aprendendo no dia a dia. Que as nossas opiniões sejam pautadas nas concepções políticas, sociais, culturais e econômicas a partir da realidade do que estamos vivendo. Precisamos aprender a refletir e analisar como estamos utilizando o aprendizado, para entender como se processam às relações que caracterizam a identidade da nossa universidade.    

Finalmente, convido meus colegas, para apresentarem propostas para ajudar a resolver os problemas que enfrentamos no cotidiano. Que a nossa crítica seja no sentido de construção e não da destruição de pessoas que nós não simpatizamos ou que temos alguma divergência. Que o discurso de transformação da sociedade que até então parece abstrato, seja concreto para transformar o nosso entorno e assim possa se estender para além de nosso espaço limitado. Essa é a minha opinião como aprendiz do “fazer” de uma cientista social do futuro.

Por: Fátima Barreto - Graduanda do Curso de Ciências Sociais da UNEB

sábado, 22 de março de 2014

Bem-vindos(as) Calouros(as) de Ciências Sociais - UNEB


Mais um semestre letivo inicia, estamos recebendo os (as)  futuros (as) cientistas socais e  filósofos (as) da UNEB. Certamente, esse é um motivo de grande alegria, pois, novas energias poderão agregar valores dentro da universidade, para repensar à construção de um modelo de sociedade mais justa e menos desigual.    

O Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UNEB,  fundado em 2012 tem como objetivos, representar, defender, orientar e organizar os discentes do curso,  a fim de  fortalecer a liberdade e os direitos para à construção de uma sociedade  crítica e democrática.

Buscamos lutar por uma educação pública de qualidade e melhores condições de ensino e para  que essa conquista  seja viabilizada no dia a dia, precisamos contar com a participação de todos os (as)  estudantes, especialmente do curso de Ciências Sociais, em todas as atividades organizadas pela sociedade civil,  realizadas dentro e fora da universidade.

A UNEB em 2014 elegeu novos reitores empossados em janeiro, como também nos departamentos houve renovação dos diretores. Acreditamos que as mudanças ocorrerão a partir da vontade e luta constante de todos estudantes. Queremos uma universidade forte, conectada com valores éticos, transparência e determinação de seus dirigentes para torná-la a melhor universidade do Brasil. 

O CACIS está organizando várias atividades de boas-vindas para  integração dos (as) Calouros (as) do Curso de Ciências Sociais e Filosofia.

Participem, essa é a nossa forma de demonstrar o nosso carinho pela chegada de vocês.

 


Por: Fátima Barreto — Graduanda 5º semestre do Curso de Ciências Sociais UNEB—Secretaria Geral do CACIS.

 

 

 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

ELEIÇÕES DA DIRETORIA DO CENTRO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS SOCIAIS-UNEB




Hoje, 13 de janeiro de 2014, abre o processo para eleição da Diretoria do Centro Acadêmico de Ciências Sociais  para o ano de 2014. O CACIS-UNEB foi fundado em dezembro 2012 com a primeira diretoria eleita em janeiro de 2013, cumprindo assim um mandato de um ano.
 
 
O coordenador do CACIS-UNEB, Bruno Mattos, avaliou o mandato da diretoria na assembleia realizada no dia 05 de dezembro de 2013  e fez as seguintes considerações: que o primeiro ano de existência do Centro Acadêmico de Ciências, apesar das dificuldades enfrentadas foi positivo e citou algumas das atividades  desenvolvidas: lembrou a "Calourada - 2013"  organizada juntamente com os CAs de Pedagogia e Psicologia, no inicio do primeiro semestre, houve a recepção aos calouros do nosso curso e que apesar da pouca experiência o CA conseguiu ajudar na organização e concretização do evento. Foram realizadas boas mesas de discussões sobre vários temas, participação na organização do Cine Debate, onde foram tratados temas importantes que contribuíram com as discussões também em sala de aula. Houve o lançamento do Jornal do CACIS ainda com pouca divulgação em razão da falta de condições financeiras de apresentar um trabalho de melhor qualidade, foi criada a logomarca do CACIS, houve a participação no 2º Seminário de Assistência Estudantil com a presença de três estudantes: Vagner, Fernanda e Nelmara. Participação no ERECS e ENECS com representantes do curso: Pamela, Letícia, Jeovana, Cleber, Naldo, Nicoly, Lucas, Bruno e Patrício. Participação no CEUU com o coordenador do CACIS  e atualmente faz parte da comissão para a eleição do DCE. Finalizou avaliando que buscamos fazer o que foi possível dentro das possibilidades de um Centro Acadêmico recém-criado, que apesar de ter menos de ano de fundado, conseguimos realizar  um trabalho razoável, e hoje já temos um Centro Acadêmico com o seu Estatuto registrado e a entidade reconhecida pelas suas posições como representante dos estudantes do Curso de Ciências Sociais, dentro e fora da universidade.
 
A vice-coordenadora Sidneia Miranda, considerou uma gestão positiva apesar de ter havido erros de comunicação entre a diretoria com a base. Falou sobre algumas conquistas a exemplo de ter conseguido recentemente um computador, um armário e a solicitação de uma sala para funcionamento mais independente do CACIS. Falou das participações nas reuniões com a coordenação e a direção do departamento buscando discutir as questões do nosso curso. Relembrou que precisamos continuar reivindicando a compra dos  os livros que segundo informações da direção que foram comprados e parece que foram encaminhados para outro lugar diferente do departamento.
 
Outros colegas do Curso avaliaram a gestão a exemplo de Danilo Cardoso avaliou a gestão como positiva, que ocorreram algumas divergências por falta de comunicação, que esse era um aprendizado importante para a próxima diretoria. Ana Terra também avaliou a gestão e falou da importância de continuar lutando para conseguir creche e o Restaurante Universitário, mas também não esquecer de lutar pelas coisas internas mais particulares do curso a exemplo de sala de aula, considerando que estava aumentando o numero de cursos e os novos calouros que estavam chegando em 2014, pelo espaço do CA, o laboratório ou Centro de Pesquisas de Ciências Sociais, além de cobrar uma disponibilidade financeira do departamento para as ações que poderão ser planejadas e efetivadas do curso em 2014. Patrício Freitas avaliou a gestão, lembrou ainda da importância do planejamento da Calourada de 2014 e da participação efetiva nos fóruns políticos e culturais de discussão dentro e fora da UNEB. Paulo Marcos fez algumas críticas à diretoria, principalmente sobre a comunicação entre os membros da diretoria e a base. E Pedro Paulo parabenizou a direção pelo trabalho, que é preciso refletir que um curso para ser forte era necessário avaliar o nosso ritmo de estudos e compromissos, que é preciso haver mais colaboração entre os colegas para ajudar nos trabalhos acadêmicos.
 
A partir das experiências vivenciadas nesse primeiro ano de existência do CACIS-UNEB, decidimos então convocar a primeira eleição de acordo com o estatuto da entidade, que ocorrerá logo na primeira semana do inicio do ano letivo.
 
 
Por: Fátima Barreto - Graduanda do curso de Ciências Sociais/UNEB

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

OUTUBRO VERMELHO JÁ COMEÇOU!


 
 
Hoje, dia 16, iniciou o evento organizado pelos estudantes do curso de Ciências Sociais da UNEB - Um debate sobre os 96 anos da Revolução Russa
 
 
Para a primeira mesa de abertura do evento foram convidados os professores Dr. Carlos Zacarias e o Dr. Giuseppe Benedini,  para a palestra e debate sobre "As origens da Revolução Russa"
 
 
A coordenadora do Curso de Ciências Sociais, prof.ª Dra. Regina Vieira, fez a abertura oficial do evento, agradecendo a presença de todos e falando da importância do Outubro Vermelho.
 
 
Paulo Francisco convidou Luan Oliveira, ambos alunos do Curso de Ciências Sociais para ser o mediador da primeira mesa dos trabalhos  
 
 
Luan convidou os professores convidados para a mesa
 
 
 
 
BASTIDORES DO OUTUBRO VERMELHO
 
 
Mesa de Recepção: Cadastramento dos participantes do evento